sábado, 5 de novembro de 2011

De volta....

Olá Amig@s!

Mais uma vez estive um periodo ausente do blog, mas nao via a hora de voltar.
Para marcar este retorno gostaria de compartilhar com vocês um texto que escrevi para conclusão de um curso de capacitação em Educação Perigestacional pela Aninhare.

O assunto não poderia ser outro: AMAMENTAÇÃO! Minha paixão sempre!

Boa leitura! E obrigada pelo carinho até agora!!


O sucesso da amamentação e seus personagens: qual o papel de cada um neste processo?

Carolina Guimarães

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam que os bebês devem ser amamentados exclusivamente até os seis meses de vida, e de forma complementar até os dois anos ou mais. Amamentar exclusivamente até os seis meses significa dar somente leite materno, diretamente ao peito ou ordenhado, sem a oferta de outros leites, água, chás e sucos. É ter dedicação intensa dos pais, principalmente das mães, e não é um caminho tão fácil para ser seguido sozinho e sem orientação.

                A amamentação é um processo que necessita ser aprendido, pela mãe e pelo bebê. Não é algo instintivo, que acontece de forma independente. Além de todas as questões técnicas de posição e pega corretas, ter um ambiente acolhedor, segurança, privacidade, apoio e orientação são fatores importantes para o sucesso da amamentação

O conhecimento

                Vários estudos hoje mostram a relação da educação das famílias sobre a amamentação e a maior durabilidade do processo de amamentar.

                A educação sobre a amamentação deve começar o mais cedo possível, de preferência ainda durante o pré-natal. Os profissionais envolvidos devem estar capacitados para, alem de transmitir o conhecimento, saber avaliar e reconhecer situações que podem futuramente intervir no sucesso da amamentação.

                É importante considerar também o conhecimento que a família já possui, as experiências anteriores, da própria gestante ou de outras mulheres da família, pois com certeza este conhecimento próprio, dependendo do tamanho do seu significado, poderá influenciar positiva ou negativamente no processo de amamentação.

                As ações educativas durante o pré-natal devem conter informações sobre as vantagens do aleitamento materno, bem como o manejo da amamentação (posições para amamentar, pega, ordenha etc). É de extrema importância que os profissionais que estão assistindo a família forneçam informações coerentes.

                As ações podem ser realizadas durante as consultas de pré-natal e também através de grupos educativos e de apoio, onde há a oportunidade de trocar experiências e angústias com outras mães que vivenciam ou já viveram esta mesma situação.

O apoio profissional

                Ações educativas durante o pré-natal contribuem para o sucesso da amamentação, mas não são suficientes. É após o parto, vivenciando a experiência da amamentação é que a mulher necessita de maior apoio, da família, mas principalmente dos profissionais de saúde para o manejo adequado da amamentação.

                Os profissionais devem estar presentes desde a primeira mamada após o parto, apoiando e orientando a mãe e a família para que ocorra da melhor forma possível, e deve continuar presente após a alta hospitalar, de preferência no domicílio, vivenciando e ensinando a família o manejo de cada fase específica da amamentação, até que a família sinta-se pronta para caminhar sozinha.

                As famílias precisam sentir-se seguras e protegidas, principalmente a mãe, que deve desfrutar de um ambiente calmo e acolhedor durante a amamentação. São detalhes importantes para que se sinta plenamente capaz de alimentar seu bebê com o melhor dos alimentos. Portanto os profissionais envolvidos devem estar aptos a manejar não somente os aspectos técnicos da amamentação, mas também os fatores emocionais que envolvem este período da maternidade, para que possam interferir de forma positiva no processo da amamentação.

                Não podemos esquecer o quanto é necessário que todos os profissionais que estão ligados, direta ou indiretamente, no cuidado e manejo da amamentação de uma família tenham uma mesma linha de raciocínio e conduta. A contradição e a incoerência entre os diferentes profissionais favorecem a insegurança da família e contribuem para que ocorra o desmame precocemente.

O apoio familiar

                O pós-parto é uma fase de adaptação e de muitas mudanças na vida da mulher, e da família também. Nesta fase a mãe experimenta sentimentos e sensações diversas, como se estivesse constantemente em uma montanha russa. A forma como irá trabalhar e se adaptar a esta fase depende, entre outros fatores, do apoio familiar, principalmente do companheiro.

                O companheiro que está presente nesta fase, ajudando a mulher, incentivando, apoiando sem criticá-la, protegendo-a das influencias externas negativas, dando carinho e atenção, este companheiro está contribuindo integralmente para uma adaptação saudável no pós-parto e para o sucesso da amamentação. Além disso, ele também se sente parte de todo o processo, o que o incentiva ainda mais.

                As avós têm um papel importante também. Elas trazem na bagagem o conhecimento de quem já viveu esta fase. E suas experiências, suas crenças influenciarão diretamente a mulher neste processo de adaptação, seja de forma positiva ou negativa. Portanto, é de fundamental importância que as avós sejam incluídas, desde o pré-natal, nas ações educativas, para que possam contribuir de forma positiva no sucesso da amamentação.

                Mas não podemos confundir apoio familiar com invasão familiar. É muito comum a família ficar alvoroçada com o nascimento de um bebê, e realizar visitas excessivas, que interferem no processo de adaptação e invadem a privacidade da dupla. O excesso de palpites e conselhos, além do excesso de informações sobre experiências pessoais de cada um podem deixar a mãe confusa, insegura, dificultando o início e a continuidade da amamentação.

                 Para concluir, devemos nos lembrar que qualquer orientação ou conselho jamais deve ser colocado como imposição, e sim como uma opção, mais um caminho a seguir. Devem sim mostrar que é possível o sucesso da amamentação, e que não é um trabalho isolado, mas sim um trabalho em equipe que envolve a família, os profissionais de saúde e a sociedade.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Amamentação e a prevenção de Morte Súbita!


Olá a todos!

Há algum tempo postei sobre a morte súbita do lactente, e hoje volto para compartilhar com vocês um texto que fala de um estudo comprovando que o aleitamento materno reduz em até 70% as chances de uma criança sofrer de morte súbita.

Isso porque o leite materno protege as crianças contra várias infecções que poderiam deixá-las vulneráveis à sindrome.

Abaixo a reportagem que saiu na revista Veja (14/06/11)

Boa Leitura!!


Amamentação reduz o risco de morte súbita em bebês


Leite materno é capaz de evitar infecções que estariam associadas ao mal


A amamentação reduz em até 70% o risco de morte súbita em bebês. É o que sugere um estudo da Universidade de Medicina da Virginia, nos Estados Unidos, publicado pelo periódico científico Pediatrics.


De acordo com a pesquisa, o leite materno - sobretudo se for a única fonte de alimentação nos primeiros meses de vida da criança - reduz a ocorrência da chamada síndrome da morte súbita do lactente (SMSL). A incidência da síndrome é maior entre bebês de 2 a 5 meses, e o mal afeta mais meninos do que meninas. Quando uma criança dorme com o rosto voltado para o travesseiro, ela reinala o gás carbônico exalado na respiração e, com isso, inspira menos oxigênio. Normalmente, o aumento dos níveis de gás carbônico ativa o fluxo de serotonina, fazendo com que o bebê desperte, respire mais rápido e de alguma forma evite a asfixia. Em bebês com a síndrome, as falhas no sistema de liberação de serotonina impedem esses reflexos. O bebê acaba, então, morrendo durante o sono.

As causas da síndrome ainda são desconhecidas pela medicina, mas já se sabe que os riscos podem ser reduzidos quando a criança é colocada para dormir de costas, e quando a temperatura de seu corpo não fica muito quente durante a noite.

A importância da amamentação para evitar a síndrome se explica porque o leite materno consegue proteger o bebê de algumas infecções que, segundo pesquisas recentes, estão relacionadas ao mal. Os pesquisadores americanos combinaram dados de 18 estudos a respeito da morte de bebês, alguns em decorrência da síndrome - e verificaram se eles haviam sido amamentados. Descobriu-se, então, que os índices de SMSL entre as crianças que tinham sido amamentadas eram 60% menores. Entre os bebês que se alimentaram exclusivamente do leite materno, sem a complementação de mingais ou suplementos, as taxas foram ainda menores: 70%.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as mães amamentem os filhos até os seis meses. Os pesquisadores afirmam que ainda é preciso mais estudos que consigam definir a exata relação de causa e efeito entre a amamentação e a SMSL. Já se sabe, porém, que o leite materno e a permanência da criança no mesmo quarto dos pais - mas não na mesma cama - reduz o risco de morte súbita, assim como o uso de chupeta pelos bebeês antes de dormir.



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Quem está por trás desta mama?


Olá!!

Acabei de ler um texto muito interessante no site do Aleitamento.com e não poderia deixar de compartilhar.
Há alguns anos vem acontecendo no mundo um movimento belíssimo em prol do Aleitamento Materno. Mas todo esse processo nos leva a uma desvantagem: o risco de olhar pura e simplesmente para uma mama com um bebê mamando e esquecemos de olhar quem está por trás desta mama. Quem é essa mulher que amamenta? Como ela se sente? Como está o vínculo dela com este bebê?

Muitas mulheres se sentem pressionadas a amamentar, e a chance deste processo não ser bem sucedido é muito grande. Estamos saindo de um extremo onde o aleitamento artificial predominava (e ainda predomina), e querendo ir para outro extremo onde todas as mulheres devem amamentar, sem excessão. Será?

Sou "amamentóloga" de coração, defendo a bandeira com unhas e dentes. Confesso que é muito triste e dificil ouvir de uma mãe que ela irá interromper a amamentação exclusiva, ou quando vejo a fórmula artificial entrar na história muitas vezes sem indicação real para isso. Mas procuro ficar de consciência tranquila e pensar que pelo menos tentamos. E se ela se sente mais feliz e disponível ao seu bebê alimentando-o de outra forma, apóio sua decisão.

Quando alguma mulher me procura para ajudá-la no manejo da amamentação faço o possivel para ajudá-la, dou todas as alternativas. Mas o sucesso de todo esse processo vai depender 50% do apoio profissional e 50% da disponibilidade da dupla mãe-bebê, mas principalmente da mãe.

Acredito que para mudar essa realidade, de conseguir que todas as mães amamentem com sucesso até o 6 mês de vida, a sensibilização deve começar antes mesmo da gestação. Quando conseguirmos chegar em um momento em que nossas crianças crescem convivendo com a realidade do aleitamento materno exclusivo, chegarão para uma gestação e uma maternidade mais consciente.

Para chegar a esta situação, devemos começar a mudar a nossa forma de olhar para estas mulheres, de agir diante das suas necessidades. Educar mais durante o pré-natal, ter profissionais falando a mesma linguagem, incentivando da mesma forma, apoiando da mesma forma. Acreditando no potencial destas mulheres da mesma forma. E olhando para estas mulheres como mulheres, seres humanos e não apenas uma mama que alimenta um bebê.

Bom, deixo para vocês o link da reportagem.
Boa leitura.

Abraços

http://www.aleitamento.com.br/a_artigos.asp?id=3&id_artigo=2561&id_subcategoria=4

sábado, 3 de setembro de 2011

A importancia do contato precoce na sala de parto

Ola a todos!

Gostaria de compartilhar com vocês um vídeo que traduz de forma perfeita a importancia do contato precoce na sala de parto.

Varios estudos ja mostram que para o estreitamento dos vínculos e sucesso na amamentação, quanto mais cedo o bebê for para o colo da mãe, melhor. Imediatamente após o parto, mesmo antes do corte do cordão umbilical, antes dos cuidados que são necessários serem prestados, é muito mais importante colocar este bebê em contato com sua mãe.

É nitido a diferença, a facilidade para a amamentação desses bebês quando este contato precoce acontece!! Estamos ainda engatinhando para a mudança de postura profissional, assim como os bebês engatinham para o colo de suas mães.

Abraços

domingo, 28 de agosto de 2011

A cólica dos bebês

Olá a todos!

Gostaria de compartilhar com voces um texto sobre colicas nos bebes.

Muito bacana, e algo para a gente pensar sobre o significado das colicas.

Abraços

"Os bebês ocidentais costumam chorar bastante durante os primeiros meses, o que se conhece como cólica do lactente ou cólica do primeiro trimestre. Cólica é a contração espasmódica e dolorosa de uma víscera oca; há cólicas dos rins, da vesícula e do intestino. Como o lactente não é uma vesícula oca e o primeiro trimestre muito menos, o nome logo de cara não é muito feliz. Chamavam de cólica porque se acreditava que doía a barriga dos bebês; mas isso é impossível saber. A dor não se vê, tem de ser explicada pelo paciente. Quando perguntam a eles: “por que você está chorando?”, os bebês insistem em não responder; quando perguntam novamente anos depois, sempre dizem que não se lembram. Então ninguém sabe se está doendo a barriga, ou a cabeça, ou as costas, ou se é coceira na sola dos pés, ou se o barulho está incomodando, ou simplesmente se estão preocupados com alguma notícia que ouviram no rádio. Por isso, os livros modernos frequentemente evitam a palavra cólica e preferem chamar de choro excessivo na infância. É lógico pensar que nem todos os bebês choram pelo mesmo motivo; alguns talvez sintam dor na barriga, mas outro pode estar com fome, ou frio, ou calor, e outros (provavelmente a maioria) simplesmente precisam de colo.

Tipicamente, o choro acontece sobretudo à tarde, de seis às dez, a hora crítica. Às vezes de oito à meia-noite, às vezes de meia-noite às quatro, e alguns parecem que estão a postos vinte e quatro horas por dia. Costuma começar depois de duas ou três semanas de vida e costuma melhorar por volta dos três meses (mas nem sempre).
Quando a mãe amamenta e o bebê chora de tarde, sempre há alguma alma caridosa que diz: “Claro! De tarde seu leite acaba!”. Mas então, por que os bebês que tomam mamadeira têm cólicas? (a incidência de cólica parece ser a mesma entre os bebês amamentados e os que tomam mamadeira). Por acaso há alguma mãe que prepare uma mamadeira de 150 ml pela manhã e de tarde uma de 90 ml somente para incomodar e para fazer o bebê chorar? Claro que não! As mamadeiras são exatamente iguais, mas o bebê que de manhã dormia mais ou menos tranquilo, à tarde chora sem parar. Não é por fome.

“Então, por que minha filha passa a tarde toda pendurada no peito e por que vejo que meus peitos estão murchos?” Quando um bebê está chorando, a mãe que dá mamadeira pode fazer várias coisas: pegar no colo, embalar, cantar, fazer carinho, colocar a chupeta, dar a mamadeira, deixar chorar (não estou dizendo que seja conveniente ou recomendável deixar chorar, só digo que é uma das coisas que a mãe poderia fazer). A mãe que amamenta pode fazer todas essas coisas (incluindo dar uma mamadeira e deixar chorar), mas, além disso, pode fazer uma exclusiva: dar o peito. A maioria das mães descobrem que dar de mamar é a maneira mais fácil e rápida de acalmar o bebê (em casa chamamos o peito de anestesia), então dão de mamar várias vezes ao longo da tarde. Claro que o peito fica murcho, mas não por falta de leite, mas sim porque todo o leite está na barriga do bebê. O bebê não tem fome alguma, pelo contrário, está entupido de leite.

Se a mãe está feliz em dar de mamar o tempo todo e não sente dor no mamilo (se o bebê pede toda hora e doem os mamilos, é provável que a pega esteja errada), e se o bebê se acalma assim, não há inconveniente. Pode dar de mamar todas as vezes e todo o tempo que quiser. Pode deitar na cama e descansar enquanto o filho mama. Mas claro, se a mãe está cansada, desesperada, farta de tanto amamentar, e se o bebê está engordando bem, não há inconveniente que diga ao pai, à avó ou ao primeiro voluntário que aparecer: “pegue este bebê, leve para passear em outro cômodo ou na rua e volte daqui a duas horas”. Porque se um bebê que mama bem e engorda normalmente mama cinco vezes em duas horas e continua chorando, podemos ter razoavelmente a certeza de que não chora de fome (outra coisa seria um bebê que engorda muito pouco ou que não estava engordando nada até dois dias atrás e agora começa a se recuperar: talvez esse bebê necessite mamar muitíssimas vezes seguidas). E sim, se pedir para alguém levar o bebê para passear, aproveite para descansar e, se possível, dormir. Nada de lavar a louça ou colocar em dia a roupa para passar, pois não adiantaria nada.

Às vezes, acontece de a mãe estar desesperada por passar horas dando de mamar, colo, peito, colo e tudo de novo. Recebe seu marido como se fosse uma cavalaria: “por favor, faça algo com essa menina, pois estou ao ponto de ficar doida”. O papai pega o bebê no colo (não sem certa apreensão, devido às circunstâncias), a menina apoia a cabecinha sobre seu ombro e “plim” pega no sono. Há várias explicações possíveis para esse fenômeno. Dizem que nós homens temos os ombros mais largos, e que se pode dormir melhor neles. Como estava há duas horas dançando, é lógico que a bebê esteja bastante cansada. Talvez precisasse de uma mudança de ares, quer dizer, de colo (e muitas vezes acontece o contrário: o pai não sabe o que fazer e a mãe consegue tranquilizar o bebê em segundos).

Tenho a impressão (mas é somente uma teoria minha, não tenho nenhuma prova) de que em alguns casos o que ocorre é que o bebê também está farto de mamar. Não tem fome, mas não é capaz de repousar a cabeça sobre o ombro de sua mãe e dormir tranqüilo. É como se não conhecesse outra forma de se relacionar com sua mãe a não ser mamando. Talvez se sinta como nós quando nos oferecem nossa sobremesa favorita depois de uma opípara refeição. Não temos como recusar, mas passamos a tarde com indigestão. No colo da mamãe é uma dúvida permanente entre querer e poder; por outro lado, com papai, não há dúvida possível: não tem mamá, então é só dormir.

Minha teoria tem muitos pontos fracos, claro. Para começar, a maior parte dos bebês do mundo estão o dia todo no colo (ou carregados nas costas) de sua mãe e, em geral, descansam tranquilos e quase não choram. Mas talvez esses bebês conheçam uma outra forma de se relacionar com suas mães, sem necessidade de mamar. Em nossa cultura fazemos de tudo para deixar o bebê no berço várias horas por dia; talvez assim lhes passemos a idéia de que só podem estar com a mãe se for para mamar.

Porque o certo é que a cólica do lactente parece ser quase exclusiva da nossa cultura. Alguns a consideram uma doença da nossa civilização, a consequência de dar aos bebês menos contato físico do que necessitam. Em outras sociedades o conceito de cólica é desconhecido. Na Coreia, o Dr. Lee não encontrou nenhum caso de cólica entre 160 lactentes. Com um mês de idade, os bebês coreanos só passavam duas horas por dia sozinhos contra as dezesseis horas dos norteamericanos. Os bebês coreanos passavam o dobro do tempo no colo que os norteamericanos e suas mães atendiam praticamente sempre que choravam. As mães norteamericanas ignoravam deliberadamente o choro de seus filhos em quase a metade das vezes.

No Canadá, Hunziker e Barr demonstraram que se podia prevenir a cólica do lactente recomendando às mães que pegassem seus bebês no colo várias horas por dia. É muito boa idéia levar os bebês pendurados, como fazem a maior parte das mães do mundo. Hoje em dia é possível comprar vários modelos de carregadores de bebês nos quais ele pode ser levado confortavelmente em casa e na rua. Não corra para colocar o bebê no berço assim que ele adormecer; ele gosta de estar com a mamãe, mesmo quando está dormindo. Não espere que o bebê comece a chorar, com duas ou três semanas de vida, para pegá-lo no colo; pode acontecer de ter “passado do ponto” e nem no colo ele se acalmar. Os bebês necessitam de muito contato físico, muito colo, desde o nascimento. Não é conveniente estarem separados de sua mãe, e muito menos sozinhos em outro cômodo. Durante o dia, se o deixar dormindo um pouco em seu bercinho, é melhor que o bercinho esteja na sala; assim ambos (mãe e filho) se sentirão mais seguros e descansarão melhor.

A nossa sociedade custa muito a reconhecer que os bebês precisam de colo, contato, afeto; que precisam da mãe. É preferível qualquer outra explicação: a imaturidade do intestino, o sistema nervoso... Prefere-se pensar que o bebê está doente, que precisa de remédios. Há algumas décadas, as farmácias espanholas vendiam medicamentos para cólicas que continham barbitúricos (se fazia efeito, claro, o bebê caía duro). Outros preferem as ervas e chás, os remédios homeopáticos, as massagens. Todos os tratamentos de que tenho notícia têm algo em comum: tem de tocar no bebê para dá-lo. O bebê está no berço chorando; a mãe o pega no colo, dá camomila e o bebê se cala. Teria seacalmado mesmo sem camomila, com o peito, ou somente com o colo. Se, ao contrário, inventassem um aparelho eletrônico para administrar camomila, ativado pelo som do choro do bebê, uma microcâmera que filmasse o berço, um administrador que identificasse a boca aberta e controlasse uma seringa que lançasse um jato de camomila direto na boca... Acredita que o bebê se acalmaria desse modo? Não é a camomila, não é o remédio homeopático! É o colo da mãe que cura a cólica.

Taubman, um pediatra americano, demonstrou que umas simples instruções para a mãe (tabela 1) faziam desaparecer a cólica em menos de duas semanas. Os bebês cujas mães os atendiam, passaram de uma média de 2,6 horas ao dia de choro para somente 0,8 horas. Enquanto isso, os do grupo de controle, que eram deixados chorando, choravam cada vez mais: de 3,1 horas passaram a 3,8 horas. Quer dizer, os bebês não choram por gosto, mas porque alguma coisa está acontecendo. Se são deixados chorando, choram mais, se tentam consolá-los, choram menos (uma coisa tão lógica! Por que tanta gente se esforça em nos fazer acreditar justo no contrário?).

Tabela 1 – Instruções para tratar a cólica, segundo Taubman (Pediatrics 1984;74:998)
1- Tente não deixar nunca o bebê chorando.
2- Para descobrir por que seu filho está chorando, tenha em conta as seguintes possibilidades:
a- O bebê tem fome e quer mamar.
b- O bebê quer sugar, mesmo sem fome.
c- O bebê quer colo.
d- O bebê está entediado e quer distração.
e- O bebê está cansado e quer dormir.
3- Se continuar chorando durante mais de cinco minutos com uma opção, tente com outra.
4- Decida você mesma em qual ordem testará as opções anteriores.
5- Não tenha medo de superalimentar seu filho. Isso não vai acontecer.
6- Não tenha medo de estragar seu filho. Isso também não vai acontecer.

No grupo de controle, as instruções eram: quando o bebê chorar e você não souber o que está acontecendo, deixe-o no berço e saia do quarto. Se após vinte minutos ele continuar chorando, torne a entrar, verifique (um minuto) que não há nada, e volte a sair do quarto. Se após vinte minutos ele continuar chorando etc. Se após três horas ele continuar chorando, alimente-o e recomece.

As duas últimas instruções do Dr. Taubman me parecem especialmente importantes: é impossível superalimentar um bebê por oferecer-lhe muita comida (que o digam as mães que tentam enfiar a papinha em um bebê que não quer comer); e é impossível estragar um bebê dando-lhe muita atenção. Estragar significa prejudicá-lo. Estragar uma criança é bater nela, insultá-la, ridicularizá-la, ignorar seu choro. Contrariamente, dar atenção, dar colo, acariciá-la, consolá-la, falar com ela, beijá-la, sorrir para ela são e sempre foram uma maneira de criá-la bem, não de estragá-la.

Não existe nenhuma doença mental causada por um excesso de colo, de carinho, de afagos... Não há ninguém na prisão, ou no hospício, porque recebeu colo demais , ou porque cantaram canções de ninar demais para ele, ou porque os pais deixaram que dormisse com eles. Por outro lado, há, sim, pessoas na prisão ou no hospício porque não tiveram pais, ou porque foram maltratados, abandonados ou desprezados pelos pais. E, contudo, a prevenção dessa doença mental imaginária, o estrago infantil crônico , parece ser a maior preocupação de nossa sociedade. E se não, amiga leitora, relembre e compare: quantas pessoas, desde que você ficou grávida, avisaram da importância de colocar protetores de tomada, de guardar em lugar seguro os produtos tóxicos, de usar uma cadeirinha de segurança no carro ou de vacinar seu filho contra o tétano? Quantas pessoas, por outro lado, avisaram para você não dar muito colo, não colocar para dormir na sua cama, não acostumar mal o bebê?"

Lee K. The crying pattern of Korean infants and related factors. Dev Med Child Neurol. 1994; 36:601-7
Hunziker UA, Barr RG. Increased carrying reduces infant crying: a randomized controlled trial. Pediatrics 1986;77:641-8
Taubnan B. Clinical trial of treatment of colic by modification of parent-infant interaction. Pediatrics 1984;74:998-1003

Do livro Un regalo para toda la vida- Guía de la lactancia materna,Carlos González

Tradução: Fernanda Mainier
Revisão: Luciana Freitas

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Detectando problemas cardíacos em bebês

Olá amig@s,

Vejam reportagem publicada pela Revista Crescer.

Abraços

"Simples teste no recém-nascido é capaz de identificar problemas cardíacos congênitos"

A arte de ser um cuidador


Olá!

Muitas vezes, nos grupos que participo, as pessoas me questionam se ja tenho filhos. Minha resposta sempre foi dizer que "ainda não". Hoje minha resposta está um pouquinho diferente, sempre digo: "de sangue não, mas de coração tenho um monte espalhado por ai!"

Durante a minha trajetória, e mais especificamente, de um ano até agora, aprendi que quem é um cuidador ganha um filho a cada dia.

Mas o que é ser um cuidador?

Segundo o dicionário: cuidador é "que ou o que cuida ou trata de alguma coisa; diligente, zeloso".

No curso de babá que dou na Aninhare, junto com minha amiga, Dra Luciana, sempre ensinamos que ser cuidador não é apenas uma profissão, é uma missão! Cuidar de alguém que nunca vimos, que não temos laços de sangue ou de amizade, não é uma tarefa fácil, mas quando nos propomos a isso, temos que fazer com amor. E toda profissão que é feita com amor é um dom, portanto uma missão a ser cumprida.

Para ser um cuidador não precisa ser um profissional de saúde, basta ter boa vontade, responasbilidade e amor. O resto pode ser muito bem aprendido. E a cada pessoa que é cuidada, acaba se tornando um pouquinho um "filho ou uma filha do coração".

Pensem em uma mãe ou um pai quando estão cuidando de seus filhos. Quando o cuidado envolve amor e respeito, o vinculo cresce a cada dia. Quando nós, cuidadores realizamos nosso trabalho com amor e respeito, criamos um vinculo de confiança e afeto com quem está sendo cuidado, por isso podemos dizer que ganhamos um filho.

Infelizmente muitas pessoas hoje se tornam cuidadores por status ou pelo dinheiro. Algo vai faltar neste cuidado, nesta relação, e muito provavelmente a tarefa não será cumprida por completo.

Toda profissão pede que os profissionais envolvidos, além de dominar o assunto, acreditem no trabalho que está sendo feito. Se um prédio está sendo construido, se um carro está sendo concertado, se uma casa está sendo limpa, só teremos bons resultados se o profissional estiver envolvido por inteiro no seu trabalho: envolvido com habilidades, envolvido com crença, envolvido com amor. Posso dizer que quando se trata de cuidado com seres humanos, essa necessidade dobra.

Não adianta ter boa vontade se não tenho habilidade para lidar com a situação. Não adianta ter habilidade se não tenho jogo de cintura, se não sou maleavel, se não sei escutar, se não gosto do que faço. Não adianta ter habilidade e jogo de cintura se não tenho amor e respeito pelo meu próximo.

Vamos ser mais zelosos. Vamos ser mais cuidadores!!!

domingo, 31 de julho de 2011

Uma gota de leite

Divido com vocês um lindo texto escrito pelo Dr Luis Tavares para o site Aleitamento.com
Sou fã do trabalho realizado por ele.

O Universo numa gota de leite
(Ao site aleitamento.com por ocasião de seus 15 anos de vida)

Uma gota de leite.
O Universo.
A tradução completa deste por aquela.
A referencia entre os dois é imediata e absoluta.
A natureza conspira para que uma unica minuscula gota de leite humano seja a representaçao fiel da biologia materna, da vida de seu filho e de toda sorte de elementos envolvidos em seu entorno.
Uma gota de leite humano faz referencia à saude materna em todos os seus mais intimos aspectos.
É reflexo de toda complexidade neuro-hormnal-emocional que nasce na vontade materna e desemboca nas fibras musculares a ejeta-la em sua descida.
Traz residuos incontestáveis do ambiente social e cultural da lactante, podendo ser lida como a resultante das interferencias do meio nos mecanismos de sua produção e ejeção.

E porque existe na medida da forma correta da sucção e da porontidão do bebe para ordenha-la, pode -se, através dela, fazer a leitura indireta da integridade desse bebe, e isso diz respeito a sua idade gestacional, a sua idade cronologica, sua disponibilidade e o apoio que ele recebe através de medidas de interação adequada desde o nascimento até o tempo em que a amamentação se faz presente...
E porque diz sobre o bebe, essa gota de leite pode oferecer informações sobre a agressividade desmamadora do mundo de plástico formado por bicos e chucas e mamadeiras, como também reflete o uso dos leites heterólogos em todas as suas formas que a faz diminuir e dificulta sua saida...Diz essa gota, se o bebe mama certo, se a pega é adequada, a ordenha, se ja vai desmamando, se ainda mama depois de muitos meses ou anos...
Pode da mesma forma, oferecer pistas sobre a duração dessa mamada, se vai so começando, se já vai por longos minutos, essa gota de leite...
Uma gota de leite humano é capaz de identificar da nutriz seus medos, angustias, insegur anças, traumas, experiencias frustrantes anteriores, falta de apoio, enfim, e da mesma forma, revelar disposições favoraveis, vontades, superações, interesses, colaboração, entrega plena, amor incondicional...
Descreve essa gota a relação inteira entre a mulher lactante e suas interações hormonais, nutricionais, imunológicas, bioquimicas e bacteriológicas...
Anterior à tecnologia moderna, essa gota de leite sobreviverá ao fim dessa tecnologia e sua substituição pelo futuro inominado da organização da espécie...

Uma única gota de leite.
O Universo inteiro.
O que era.
O que é.
O que será.
Ciencia e poesia unidas como as rimas de um verso presenteado à humanidade pela grande poética da natureza transbordante em vida e ritimos infinitos.
O Universo inteiro
Numa unica
Inconfundivel
Incomparavel
Inimitavel
Gota de leite.
Numa única gota
Imperceptível
Silenciosa
Mínima e essencial
Como o ar que se respira
Como a vida que brota da atmosfera para os pulmões que a respiram,
Nessa unica e delicada
E insubstituivel gota
De leite humano
O Universo inteiro.
Ao site www.aleitamento.com pelos 15 anos de olhar atento, cuidadoso e cuidador a essa gota e a esse universo inteiro...

Dr. Luís Alberto Mussa Tavares,
Campos dos Goytacazes, RJ,
31 de julho de 2011.

Semana Mundial de Aleitamento Materno 2011


Amanhã inicia-se mais uma Semana Mundial de Aleitamento Materno.

Esta iniciativa foi criada pela WABA (World Alliance for Breastfeeding Action) em 1992. Todo ano, de 1 a 7 de agosto voltamos nossas atenções para as questões sobre o aleitamento materno. Este ano o tema é: "Amamentação em 3D".

Vamos usar as redes sociais, os meios de comunicação como um todo para divulgar e promover o aleitamento materno!!!

Prontas para a maternidade?

Olá a todos.

Enquanto estava escrevendo este post, coincidentemente ou não, recebi um email com uma citação de José Saramago:

"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é expor-se a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo".

Não esta sendo um post muito facil de escrever, vi, ouvi e li algumas coisas relativas à maternidade que me deixaram um pouco preocupada.

Me preocupa perceber que cada vez mais a "maternidade" está virando sinônimo de status e marketing. Perde-se cada vez mais a individualidade e especificidade de cada família: são tratadas como iguais, sem particularidades. As maternidades hoje estão cada vez mais lotadas, e a forma de trabalho é "linha de produção": é somente mais um parto entre centenas, então é melhor ser rapido porque daqui a pouco tem outro. Esquecem-se de que para aquela família é o primeiro nascimento, e talvez seja o unico. Esquecem que essa família pode ter sofrido muito para conseguir esta gestação, e o quanto o nascimento foi planejado e sonhado, e de repente, não tem controle e poder nenhum sobre ele.

Essas mesmas famílias saem das maternidades totalmente despreparadas para enfrentar o mundo com um pequeno ser nos braços. Agora não é mais imaginação, é real, o que fazer então? Como fazer?

Mas me pergunto se os profissionais que assistem essas familias estão preparados para desempenhar esse papel. Como foram capacitados?  O que sabem sobre maternidade, periodo perinatal, puerpério, desenvolvimento do bebê? HUMANIZAÇÃO?

Estamos virando profissonais mecanizados. Estamos esquecendo o que aprendemos nas universidades, de que o individuo é um ser "biopsicossocial". E as famílias viraram apenas "mais um caso".

Fiquei horrorizada ao ver no facebook, um convite para um evento com o título "Nascimento da ........... (não citarei o nome aqui)", e ao ler os comentários, tinha um que dizia: "....esta maternidade permite que os convidados acompanhem o nascimento por uma janela de vidro..." Nascer agora virou espetáculo com plateia, assim como amamentar é atração do dia nas visitas ao recem-nascido.

Ficou também preocupada quando ouço uma mãe me dizer; "não sei onde está a beleza da gestação que todos dizem. Até agora só senti coisas ruins." E é uma mãe que fez tratamentos e tratamentos para tentar engravidar, mas agora nenhum dos profissionais que a acompanham percebe uma situação tão delicada como esta.

Acho que está na hora de parar, pensar e rever algumas questões.

domingo, 17 de julho de 2011

Alergia ao leite de vaca x intolerancia à lactose

Olá a todos!

Vocês sabem a diferença entre alergia ao leite de vaca e intolerância à lactose?
Muitas pessoas confundem os dois temas, mas são situações bem diferentes.

A intolerância à lactose é quando o intestino tem dificuldade de digerir a lactose, o açúcar presente no leite. A alergia à proteina do leite de vaca é quando o organismo do bebê não digere a proteina presente no leite de vaca, devido à imaturidade do intestino, provocando um processo inflamatório. É uma situação mais séria, que precisa de um cuidado maior.

A intolerância à lactose pode ocorrer em adultos também, já a alergia ocorre principalmente em bebês.

Para saber mais acessem o site: http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/index.php

É muito importante procurar um médico para o diagnóstico, principalmente um gastropediatra.

Com carinho,

Carol.

domingo, 10 de julho de 2011

Não basta ser pai, tem que participar II


Olá amigos!

Já falamos um pouquinho da importânca da participação paterna nos cuidados com o bebê. E na amamentação, como podem participar?

Ao contrário do que muita gente imagina, o pai pode e deve participar da amamentação de forma ativa. Além de apoio à mãe, de cuidar dela também, há formas do papai oferecer o leite materno para seu bebê através da técnica do copinho.

Os pais podem dar carinho, apoio, podem cantar para o bebê durante a amamentação, ajudar a mãe a se posicionar e a posicionar o bebê da melhor forma possivel. Além de ajudar a garantir um ambiente calmo, tranquilo e aconchegante, controlando o excesso de visitas.

Papais, vocês são de extrema importância. A amamentação é muito diferente quando vocês estão por perto.

Para finalizar, deixo abaixo uma "listinha" do que os pais podem fazer para participar. Peguei esta lista no site do Aleitamento.com

Dez Passos para a participação efetiva e afetiva do PAI no apoio ao Aleitamento Materno.

  1. Por vezes ela pode estar insegura de sua capacidade para o aleitamento. Seu apoio será fundamental nestas horas.
  2. Mesmo que seja difícil aceitar, lembre-se que a amamentação é um período passageiro. Dê prioridade a seu filho(a).
  3. Sua presença, carícias e toques durante o ato de amamentar são fatores importantes para a manutenção do vínculo afetivo do trinômio mãe + filho + pai.
  4. No período de amamentação é pouco provável que sua mulher possa manter a casa, as refeições e se arrumar de formas "impecáveis". As necessidades do recém nascido são prioridades nesta fase.
  5. Coopere nas tarefas do bebê na medida do possível: trocar fraldas, ajudar no banho, vestir, embalar, etc.
  6. Mantenha-se sereno.
  7. Procure ocupar-se mais dos outros filhos (se os tiverem).
  8. Mantenha o hábito de acariciar os seios de sua mulher.
  9. Fique atento às variações do apetite sexual de sua companheira.
  10. Não traga para casa latas de leite, mamadeiras e chupetas.
Grupo Interinstitucional de Incentivo ao Aleitamento Materno da Bahia - 1993

Com carinho.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Alimentação complementar


Olá queridos.

Estive um tempo afastada das atividades do blog, mas estava morrendo de saudades de escrever.

Não é segredo para ninguém minha paixão pela amamentação. Por isso nada como retomar as postagens por este tema.

Ao contrário do que muita gente imagina, o trabalho da amamentação não termina quando as dificuldades iniciais são resolvidas. A amamentação precisa ser trabalhada até o final, em todas as suas fases. E uma delas é a fase de introdução dos alimentos sólidos.

É importante que a família seja orientada por profissionais capacitados, e também respeite o tempo do bebê na aceitação dos alimentos.

Para ilustrar este post, compartilho um texto do Dr Carlos Gonzalez, que vi no Grupo Aleitamento Materno Solidario, no facebook.

Um abraço
Carol

Introdução de Sólidos - Por Carlos Gonzalez
"Os conflitos entre a mãe o filho durante a amamentação ou uso de mamadeiras podem ser terríveis, mas ainda bem que são pouco frequentes. A introdução de alimentos sólidos é uma oportunidade nova de perigo e devemos trilhar este caminho com cuidado.

Para esclarecer, quando mencionamos “sólidos”, não nos referimos apenas aos alimentos oferecidos ao bebê com uma colher. Usaremos o termo para referir-se a qualquer comida além de leite humano ou leite modificado, mesmo água, chá ou comidas duras como biscoito.

Muitas mães encontram-se sobrecarregadas de informação a respeito de regras, grandes, pequenas e médias envolvendo alimentação de bebês. Elas recebem conselhos de pediatras e enfermeiros, algumas informações muito mais complexas e detalhadas que aquelas dadas pelos especialistas famosos, palpites de família e amigos, bem como as “conversas de comadre” que alertam sobre evitar comidas “reimosas” ou “incompatíveis”.

Incapaz de seguir todas as regras ao mesmo tempo, muitas vezes a mãe opta por rejeitar todas e fazer somente aquilo que ela quer. O risco é de que ela ignore as recomendações realmente importantes. Para evitar tal problema, vou diferenciar claramente entre as opções onde há um grau de consenso em relação à sua importância (baseadas numa combinação de normas internacionais) e aquelas sugestões que parecem úteis, embora outros profissionais possam ter opções diferentes.

Pontos Importantes
Tenha em mente os seguintes pontos, embora eles não devam ser tomados como dogma:
1. Nunca force uma criança a comer.
2. Amamente exclusivamente até 6 meses (sem papinhas, suco, água, chás, etc.).
3. Aos 6 meses, comece (sem forçar) a oferecer outros alimentos, sempre depois da mamada ao seio. Bebês não amamentados devem tomar 500ml de leite artificial por dia.
4. Introduza os alimentos um de cada vez, esperando uma semana entre comidas novas. Comece com quantidades pequenas.

5. Ofereça alimentos que contêm glúten (trigo, aveia, centeio) com precaução.
6. Quando cozinhar para o bebê, escorra bastante o alimento, evitando encher a barriga dele com água.
7. Espere até 12 meses de idade para introduzir alimentos altamente alergênicos (especialmente laticínios, clara de ovo, peixe, soja, amendoim e muitas outras comidas que já causam alergia em membros da família).
8. Não acrescente sal ou açúcar aos alimentos.
9. Continue amamentando por dois anos ou mais.

Em algumas situações pode-se introduzir sólidos antes de seis meses (mas nunca antes de 4): quando a mãe trabalha, por exemplo. Ou quando a criança claramente pede para ser alimentada agarrando o alimento e colocando-o na boca sozinha.

“Oferecer” significa que, se ele quiser comer, o bebê come, mas se não quiser, não come. Muitas crianças recusam tudo menos o seio até 8 ou 10 meses, muitas vezes mais.

Alimentos sólidos são oferecidos depois da amamentação, não antes, e certamente não em substituição à amamentação. Somente assim você tem certeza de que seu bebê tomará o leite de que precisa. Acredita-se que entre 6-12 meses, o bebê precise de cerca de 500 ml de leite por dia. Claro que isso é uma média, muitos tomam mais e outros ficam bem com menos.

Uma criança que toma mamadeira pode facilmente ficar bem com 2 mamadeiras de 250 ml ao dia. Não é razoável, porém, esperar que um bebê amamentado tome 250 ml a cada 12 horas; os seios da mãe ficariam desconfortavelmente cheios. Faz mais sentido para bebês amamentados tomar 100 ml cinco vezes por dia, ou 70 ml sete vezes por dia. Certamente você não sabe (ou não sabia antes de iniciar os sólidos) quanto leite seu bebê mama; mas se ele é amamentado antes da oferta de sólidos, você fica tranquila sabendo que ele mama o que precisa.

Que comidas devo oferecer primeiro?

Não importa. Não há base científica que suporte a recomendação de um alimento antes de outro. Se você oferecer frutas primeiro, seguidas por cereal, depois frango, você estará seguindo as orientações da ESPGAN (Sociedade Europeia de Gastroenterologia e Nutrição Pediátricas). Mas se você der frango, depois legumes e cereais por último, também estará dentro das normas.

Digamos que você decida começar com banana amassada. Depois da amamentação, ofereça ao bebê uma ou duas colheres. No primeiro dia é sempre melhor oferecer só um pouquinho, ainda que ele aceite bem. Se ele recusar a primeira colherada, não insista, mas continue oferecendo a cada um ou dois dias. Se ele aceitar bem, você pode aumentar a quantidade a cada dia. Depois de uma semana, você pode tentar outro alimento, como batata doce ou abacate. Na semana seguinte, pode oferecer um pouquinho de arroz. Cozinhe arroz (melhor ainda, cozinhe até virar papa), sem adicionar sal. Você pode adicionar azeite (ficará mais saboroso e terá mais calorias).

Esta ordem é só um exemplo, você pode inverter, se quiser. Claro, se alguma das comidas causar diarreia ou outros sintomas, ou se o bebê rejeita veementemente, é melhor esperar algumas semanas. Se uma reação mais severa é observada, como uma vermelhidão na pele, consulte o pediatra.

Também não é necessário introduzir uma comida nova a cada semana. Variedade significa um pouco de cereais, um pouco de legumes, um pouco de frutas – mas não é vital que o bebê coma muito de cada grupo. Maçãs não possuem nada diferente das peras e a maioria dos adultos vive bem comendo apenas dois tipos de cereal: arroz e trigo, deixando o resto para o gado. Se seu filho já come frango, você não estará acrescentando nada ao oferecer novilha. Antes de um ano, a introdução de muitos alimentos diferentes somente significa comprar mais bilhetes para a loteria da alergia.

A razão principal de oferecer outros alimentos ao bebê com 6 meses (e não depois) é que alguns bebês precisam de ferro extra. Portanto, seria lógico que comidas ricas em ferro fossem introduzidos primeiro. Por um lado, há carnes com alto teor de ferro orgânico altamente biodisponível. Por outro, há legumes, leguminosas e cereais que contêm ferro inorgânico, mais difícil de ser absorvido a menos que esteja combinado com vitamina C.

É por isso que muitos adultos comem a salada primeiro (rica em vitamina C), depois os grãos e legumes, com a sobremesa por último. O que é comumente feito com bebês na Espanha não é uma ideia muito boa, oferecendo a eles somente grãos numa refeição, legumes na outra e fruta na próxima. Quando seu bebê ingere muitos alimentos, é uma boa ideia combiná-los, oferecendo-os numa mesma refeição (não batendo todos juntos no liquidificador) ao invés de fazer menus monocromáticos (“hora do cereal”).

E se ele não quer comer comida de bebê?

Não se preocupe, isso é totalmente normal. Não tente forçá-lo. Você talvez tenha sido aconselhada a oferecer sólidos antes do peito, assim ele estará com fome suficiente para comer. Isso não faz o menor sentido, uma vez que o leite materno nutre muito mais que qualquer outro alimento. É por esta razão que usamos o termo “alimentação complementar”. Sólidos não são nada mais que um complemento ao leite materno. Se seu bebê mama e depois rejeita frutas, nada acontece; mas se ele aceita fruta e depois não mama, ele sai perdendo. Mais fruta e menos leite é uma receita para perda de peso.

O mesmo vale para leite artificial. Lembre-se de que se você não está amamentando, você precisa dar ao bebê meio litro de leite diariamente até que ele tenha 1 ano de idade. Não é bom negar o leite para que ele coma mais."

Do livro My Child Won't Eat, Dr. Carlos González.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Feliz Dia Mamá!!!

Olá!!

É muito gratificante retomar os post fazendo uma homenagem para todas as mamães. Neste domingo, comemoramos uma data especial.
Recebi este vídeo de uma amiga muito especial, que é uma MÃEZONA. E deixo para todas as mamães!!!
Feliz Dia das Mães!!

sábado, 9 de abril de 2011

Familia, familia......

Olá!!

Hoje foi um dia bem interessante. Estou tendo a oportunidade de participar de um curso que tem como tema o cuidado com a família, desde antes da gestação até após o nascimento. Hoje foi o primeiro dia do curso, e foi incrível o quanto podemos descobrir, e o quanto tempos a aprender.

É incrível, e ao mesmo tempo difícil a experiência de olhar e reconhecer nossa própria família, e o quanto isso faz diferença no nosso trabalho. Aprendemos a olhar com outros olhos as novas famílias.

E quantas novas famílias temos hoje....antigamente era mais "fácil", um homem e uma mulher se encontravam, casavam e tinham seus filhos......e viviam juntos "até que a morte os separassem",  mas não necessariamente "felizes para sempre"

Hoje, como diz uma amiga psicóloga, temos tantos "rearranjos" familiares, que no mínimo precisamos aprender a conhecer essas novas famílias, antes de cuidar delas.

Vamos parar um pouco e olhar à nossa volta: como são as famílias que vocês conhecem? Cada família tem sua estrutura, seu arranjo, os papeis desempenhados....cada família tem sua necessidade, sua dificuldade, e não podemos generalizar e olhar todas de maneira igual.

E falar de família é tão difícil, e ao mesmo tempo tão fascinante. Para nós cuidadores, não é difícil encontrar na história de uma família algo que se pareça com a nossa, ou uma história já vivenciada por nós. Ou então encontrar uma família com uma história linda e pensar "gostaria de ter vivido isso" ou "quero algo parecido com isso em minha vida". É inevitável....

Mas, nessa nossa linda e difícil jornada de cuidadores aprendemos que nenhuma família é perfeita, mas que toda família é humana, e que todas, sem nenhuma excessão, precisa em algum momento ser cuidada....até mesmo a nossa família....e o quanto é importante estarmos preparados para isso.

Obrigada à minha querida amiga Dra Lu por mais esta oportunidades de nos tornarmos cuidadores melhores....de nós mesmos, da nossa família e de todas as famílias que chegarem até nós!!!

domingo, 27 de março de 2011

Curso de Shantala - Aninhare Ribeirão Preto


Divulgando!


O poder da música!

Olá amigos!

Andei um pouco distante este mês, mas graças a Deus foi por causa de trabalho. Achei um espacinho para dizer um oi e trazer noticias.

Esta semana, li uma reportagem da Folha Online sobre um hospital britânico que ensina as mães a cantar para seus bebês. Achei fantastico!

Já não é de hoje que conhecemos os benefícios da música para a gestante, para o bebê e para a família. Gostaria muito de logo ler uma matéria de um hospital brasileiro tendo esta mesma prática.

Por isso ouçam música, cantem para seus bebês e suas crianças. Já dizia um antigo ditado "quem canta seus males espanta!".

Segue a o link da matéria abaixo. Boa leitura!

Hospital britânico ensina grávidas a cantar para seus bebês

terça-feira, 1 de março de 2011

Mais uma vantagem da amamentação para as mães

Olá pessoal!!!

Me desculpem pelo pequeno "sumisso" por esses 15 dias, mas não deixei de pensar no nosso blog em nenhum momento.

Quero trazer uma reportagem que li no site Aleitamento.com sobre mais uma vantagem da amamentação para a mãe: ajuda a perder peso após a gestação!!!

Já é comprovado que amamentar gasta-se muita energia, e consequentemente se queima caloria durante a amamentação. Quanto mais amamentar, mais energia se consome. Por isso a importância de uma alimentação balanceada para que não falte nenhum nutriente para a mãe e para o bebê.

Mas, além de amamentar, o tempo que demora pra voltar a forma de antes da gestação depende muito também do cuidado que tenho durante a gestação com o meu corpo. Quantos quilos eu ganhei na minha gravidez? Pratiquei exercício físico? Tudo isso faz muita diferença após o nascimento.

Cuidem-se com muito carinho.

Segue o texto abaixo

Fonte: Aleitamento.com
"AMAMENTAR EMAGRECE!

Dicas para voltar ao peso naturalmente

Depois dos nove meses mais longos da vida de uma mulher, enfim, o bebê nasceu e é perfeito. O que não está tão bonito assim é o corpo da mãe, que ainda apresenta as "gordurinhas" adquiridas no período de gestação. Mas não é preciso desespero. Ao seguir algumas dicas, logo o espelho volta a conhecê-la.

Segundo a nutricionista, Thelma Fernandes Feltrin Rodrigues, não é recomendado que a mulher faça dietas com grandes restrições calóricas após o parto, para não prejudicar a oferta de nutrientes (a exemplo do cálcio e da vitamina D) ao bebê. Por essa razão, a montagem do cardápio deve ter a supervisão de um nutricionista. Como a preocupação é, sobretudo, com a criança, seguir a orientação dos médicos favorece mãe e filho.

"O ato de amamentar auxilia na redução de peso pós-parto, uma vez que, para produzir o leite humano, a mulher tem um gasto energético elevado: a cada litro são 900 calorias. Além do mais, os processos de produção e de liberação do leite estimulam as contrações uterinas, auxiliando o retorno ao tamanho original do órgão", explica.


Não se descuidar da alimentação faz toda a diferença. Diariamente ela deve ser equilibrada e variada, composta por frutas, verduras e legumes, além dos cereais (arroz, milho e trigo), das leguminosas (feijão, ervilha e soja), das carnes (de peixe, de frango e bovina) e dos laticínios. "É importante que as refeições sejam bem distribuídas ao longo do dia, fracionadas em seis vezes, para que não haja grandes períodos sem alimentação".


Ingerir bastante líquido e deixar de consumir alimentos com alta densidade calórica e baixa oferta de nutrientes - como doces, lanches vendidos em fast-food, frituras, biscoitos recheados e refrigerantes - são atitudes importantes para prevenir o aumento de peso.


"É fundamental lembrar que o consumo de bebidas alcoólicas durante a amamentação deve ser evitado", alerta.

Praticar uma atividade física também pode ser interessante. Para quem sempre se exercitou - inclusive, durante a gestação -, basta esperar uma semana antes de voltar ao ritmo anterior. Já as pessoas sedentárias precisam esperar o restabelecimento do parto. O retorno pode ser feito, em média, após 20 dias. "Para a redução de peso, a atividade mais recomendada é a aeróbica, como caminhar, andar de bicicleta, correr ou nadar. Porém, o alongamento, a ioga e o relaxamento também são importantes para o período do puerpério (período pós-parto)", explica a fisioterapeuta Fernanda Varkala."

Autor: Vya Estelar
Data: 25/2/2011

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Vacina contra Meningite C

Olá!

Vocês sabiam que desde Setembro/10, a rede pública disponibilizou a vacina contra meningite C no calendário de vacinas?

A Secretaria de Saúde do Estado de SP fez um levantamento e descobriu que quase metade das crianças menores de 2 anos não estão imunizadas contra a meningite C.

Se seu filhote tem até 2 anos e não recebeu a vacina, leve a uma unidade de saúde mais próxima, junto com o cartão de vacinas para que ele seja imunizado.

Maiores informações:
http://portal.saude.sp.gov.br/content/jecupecuue.mmp

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Eu sinto ou senti na minha gestação!

Olá!

Durante a gestação, o organismo materno passa por diversas adaptações e transformações. E algumas dessas mudanças causam alguns "desconfortos" ou alterações físicas que podem incomodar e interferir no dia-a-dia da gestante.

Muitas são as queixas durante a gestação. As mais comuns são:

- Alterações no apetite, no paladar e sede excessiva: Não há uma explicação objetiva para essas mudanças. Podem estar relacionadas à alterações hormonais que controlam o metabolismo ou mesmo alteração na concentração de alguns nutrientes como a glicose. Pode ocorrer também decorrente de fatores emocionais. Procurar orientação nutricional adequada, fracionar as refeições e comer variedades de alimentos ajuda a ultrapassar essas dificuldades;
- Gengivites e sangramento das gengivas: Durante a gestação a gengiva costuma ficar mais inchada e sensível por causa, principalmente, do aumento da circulação na região. Por causa disso fica mais predisposta a inflamações e/ou infecções, e a traumas, principalmente durante a escovação. Com isso é comum ocorrer pequenos sangramentos. Para o cuidado é importante uma higiene bucal satisfatória, com cuidados nas hora da escovação e uma visita ao dentista para avaliação preventiva e tratamento de possiveis inflamações e/ou infecções;
- Queimação, nauseas e vômitos: Nesse período, a cardia ("valvula" presente no estômago que controla a passagem dos alimentos) está com a sua função alterada, provavelmente por efeito hormonal, o que provoca mais episódios de refluxo e consequentemente queimação, podendo levar a nauseas também. Além disso, há uma menor produção de secreção ácida e a motilidade do estômago está diminuida, fazendo com que a digestão fique mais lenta. Por isso é importante o fracionamento das refeições, ingerindo menores quantidades de alimento, mais vezes ao dia, evitando de deixar o estômago vazio e facilitando a digestão.
As náuseas e vômitos também podem ser comuns no inicio da gestação, principalmente pela manhã. Além das alterações já descritas, fatores emocionais também podem contribuir para o aumento desses sintomas. Além das medicações prescritas pelo médico, pode ajudar consumir alimentos sólidos e secos na primeira refeição do dia, antes da escovação dos dentes;
- Edemas: É muito comum o aparecimento de edemas na gestação, principalmente nas mãos e nos membros inferiores. A melhor forma de tratar o edema durante a gestação é ter cuidado na ingesta excessiva de sal na comida, repousar mais do lado esquerdo, uso de meias elasticas, praticar exercícos físicos, elevar as pernas quando estiver deitada ou sentada, e realizar drenagem linfática com profissional de fisioterapia capacitado;
- Tonturas e desmaios: É comum a queixa de mal-estar, tonturas e as vezes até episódios de desmaios durante a gestação, principalmente em dias muito quente e ambientes fechados. Isso acontece porque durante a gravidez ocorre vasodilatação periférica que associado a hipoglicemia por causa de períodos muito prolongados sem alimentação (mais do que 2 horas), causam o mal-estar. Fracionar as refeições e evitar lugares fechados e sem ventilação ajudam a evitar esses sintomas;
- Dores abdominais e lombares: Ocorrem com maior frequencia a partir do 3º trimestre de gestação, e estão associadas ao crescimento do útero, pela compressão e deslocamento dos órgãos vizinhos, e pelo aumento da lordose lombar (curvatura da coluna) que ajuda a manter o equilíbrio da gestante. O que pode ajudar a minimizar os sintomas é, além da informação, exercícios adequados desde o inico da gestação para fortalecimento da musculatura e para uma reorganização postural adequada, além do uso de cintas abdominais (tipo faixas).

São algumas das queixas mais comuns na gestação. Com certeza existem outras, que ocorrem com frequência menor.

Perguntar a um profissional capacitado (seu médico, enfermeira, doula, fisioterapeuta etc) é sempre importante para ter a informação correta e minimar os efeitos. Mas é fundamental que a gestante também faça sua parte, mantendo hábitos saudáveis durante a gestação.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Consultora em amamentção!

Durante esses anos atuando em cursinhos para gestantes percebi que o maior trabalho com amamentação era após o nascimnto. E era o momento de maior "desamparo" das famílias, que vivia a contradição de ver na mídia cenas lindas e felizes de mulheres amamentando e a sua realidade de mamilos machucados, dores e bebês chorando muitas vezes com fome e com dificuldades para mamar.

Isso despertou o quanto é importante o auxilio, a ajuda à essas famílias. Ter um profissional que percebe a dificuldade da mãe e a orienta, faz muita diferença!

Deixo abaixo o link de uma reportagem do Estado de São Paulo. É uma reportagem do ano passado, mas que ilustra muito bem o que acabei de colocar.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100228/not_imp517269,0.php

Mais uma das vantagens da amamentação

Olá!!!

Desculpem pela ausencia.

Hoje recebi um email, da lista de discussão da qual faço parte sobre amamentação, sobre uma nota que saiu no Estado de São Paulo.

Uma delas fala de um estudo que mostrou que crianças amamentadas no peito por mais tempo tem menos risco de ter crises convulsivas. A outra nota fala sobre a qualidade da alimentação nos primeiros anos de vida e o QI da criança.

Vle a pena dar uma olhadinha.


Queria deixar registrado também que o blog é um canal para mães e famílias tirar dúvidas sobre aleitamento materno, cuidados com bebês, etc.

Sintam-se à vontade para mandar perguntas e sugestões.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mitos e verdades na gestação!

Olá!

Navegando pela net achei uma pagina interessante no site da UOL sobre mitos e verdades na gestação.

São pequenas dúvidas que precisam ser esclarecidas e muitas vezes ajudam a melhorar a qualidade de vida durante o período da gravidez.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/album/110128mitosgravidez_album.jhtm?abrefoto=1#fotoNav=1

Acessem a página e descubram o que é mito e o que é verdade!!!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A perda, o luto e o amparo!



Olá!

Perder um bebê, seja com alguns meses de gestação, seja no momento do parto ou após o nascimento, ou seja em qualquer momento da vida, é sempre uma perda.
E só quem passa por esta experiência sabe dizer qual o tamanho do sentimento.

Não sou mãe, nunca perdi um filho...mas enquanto enfermeira já vivenciei algumas situações triste de ver mães que estavam sob meus cuidados e orientações passar por este momento difícil.

Mas o que fazer nesta hora? Nada mais do que acolher!!! Nada do que disser será capaz de tirar a dor da perda. O processo de luto é necessário e precisa ser vivido em todas as suas fases: choque, negação, raiva, depressão e aceitação.
Acolher esta mãe, esta família deixando que vivam a dor, e que saibam que não estão sozinhos para recomeçar é o que se pode fazer.

Deixo de exemplo uma carta de uma mãe, que foi publicada no blog Psicodoula

Carta de uma mãe que perdeu o seu bebê
Quando estiver tentando ajudar uma mulher que perdeu um bebê, não ofereça sua opinião pessoal sobre sua vida, suas escolhas, seus projetos para seus filhos. Nenhuma mulher nesta situação está procurado por opiniões (de leigos) sobre porque isto aconteceu ou como ela deveria se comportar.
Não diga: É a vontade de Deus. Mesmo se nós somos membros de uma mesma congregação, a menos que você seja um dirigente desta igreja e eu estiver procurando por sua orientação espiritual, por favor, não deduza o que Deus quer para mim. A vontade de Deus é que ninguém sofra. Ele apenas permite. Apesar de saber que muitas coisas terríveis que acontecem são permitidos por Deus, isto não faz estes acontecimentos menos terríveis.
Não diga: Foi melhor assim havia alguma coisa errada com seu bebê. O fato de haver alguma coisa errada com o bebê é que me faz tão triste. Meu pobre bebê não teve chance. Por favor, não tente me confortar destacando isto.
Não diga: Você pode ter outro. Este bebê nunca foi descartável. Se tivesse a escolha entre perder esta criança ou furar meu olho com um garfo, eu teria dito: Onde está o garfo? Eu morreria por esta criança, assim como você morreria por seu filho. Uma mãe pode ter dez filhos, mas sempre sentirá falta daquele que se foi.
Não diga: Agradeça a Deus pelo(s) filho(s) que você tem. Se a sua mãe morresse num terrível acidente e você estivesse triste, sua tristeza seria menor porque você tem seu pai?
Não diga: Agradeça a Deus porque você perdeu seu filho antes de amá-lo realmente. Eu amava meu filho ou minha filha. Ainda que eu tenha perdido meu bêbê tão cedo ou quando nasceu, eu o amava.
Não diga: Já não é hora de deixar isto para trás e seguir em frente? Esta situação não é algo que me agrada. Eu queria que nunca tivesse acontecido. Mas aconteceu e faz parte de mim para sempre. A tristeza tem seu tempo que não é o meu ou o seu.
Não diga: Eu entendo como você se sente. A menos que você tenha perdido um bebê, você realmente não sabe como eu me sinto. E mesmo que você tivesse perdido, cada um vivencia esta tristeza de modo diferente. Não me conte estórias terríveis sobre sua vizinha, prima ou mãe que teve um caso parecido ou pior. A última coisa que preciso ouvir agora é que isto pode acontecer seis vezes pior ou coisas assim. Estas estórias me assustam e geram noites de insônia assim também como tiram minhas esperanças. Mesmo as que tenham tido final feliz, não compartilhe comigo.
Não finja que nada aconteceu e não mude de assunto quando eu falar sobre o ocorrido. Se eu disser antes do bebê morrer... Ou quando eu estava grávida...não se assuste. Se eu estiver falando sobre o assunto, isto significa que quero falar. Deixe-me falar. Fingir que nada aconteceu só vai me fazer sentir incrivelmente sozinha.
Não diga Não é sua culpa. Talvez não tenha sido minha culpa, mas era minha responsabilidade e eu sinto que falhei. O fato de não ter tido êxito, só me faz sentir pior. Aquele pequenino ser dependia unicamente de mim para trazê-lo ao mundo e eu não consegui. Eu deveria trazê-lo para uma longa vida e não pude dar-lhe ao menos sua infância. Eu estou tão brava com meu corpo que você não pode imaginar.
Não me diga: Bem, você não estava tão certa se queria ter este bebê... Eu já me sinto muito culpada sobre ter reclamado sobre mal estar matinais ou que eu não me sentia preparada para esta gravidez ou coisas assim. Eu já temo que este bebê morreu porque eu não tomei as vitaminas, comi ou tomei algo que não devia nas primeiras semanas quando eu não sabia que estava grávida. Eu me odeio por cada minuto que eu tenha limitado a vida deste bebê. Se sentir insegura sobre uma gravidez não é a mesma coisa que querer que meu bebê morra, eu nunca teria feito esta escolha.
Diga: Eu sinto muito. É o suficiente. Você não precisa ser eloqüente. As palavras dizem por si.
Diga: Ofereço-lhe meu ombro e meus ouvidos.
Diga: Vocês vão ser pais maravilhosos um dia ou vocês são os pais mais maravilhosos e este bebê teve sorte em ter vocês. Nós dois precisamos disso.
Diga: Eu fiz uma oração por vocês. Mande flores ou uma pequena mensagem. Cada uma que recebi, me fez sentir que meu bebê era amado. Não envie novamente se eu não responder.
Não ligue mais de uma vez e não fique brava (o) se a secretária eletrônica estiver ligada e eu não retornar sua chamada. Se nós somos amigos íntimos e eu não estiver respondendo suas ligações, por favor, não tente novamente. Ajude-me desta maneira por enquanto. Não espere tão cedo que eu apareça em festas infantis e ou chás para bebes ou vibre de alegria no dia das mães. Na hora certa estarei lá.
Se você é meu chefe ou companheiro de trabalho: Reconheça que eu sofri uma morte em minha família não é simplesmente uma licença médica. Reconheça que além dos efeitos colaterais físicos, eu vou estar triste e angustiada por algum tempo. Por favor, me trate como você trataria uma pessoa que vivenciou a morte trágica de alguém que amava. Eu preciso de tempo e espaço.
Por favor, não traga seu bebê ou filho pequeno para eu ver. Nem fotos. Se sua sobrinha está grávida, ou sua irmã teve um bebê há pouco, por favor, não divida comigo agora. Não é que eu não possa ficar feliz por ninguém mais, é só que cada vez que vejo um bebê sorrindo ou uma mãe envolta nesta felicidade, me traz tanta saudade ao coração que eu mal posso agüentar. Eu talvez diga olá, mas talvez eu não consiga reprimir as lágrimas.
Talvez ainda se passarão semanas ou meses antes que eu fique pelo menos uma hora sem pensar nisso. Você saberá quando eu estiver pronta. Eu serei aquela que perguntará pelos bebes, ou como está aquele garotinho lindo?
Acima de tudo, por favor, lembre-se que isto é a pior coisa que já me aconteceu.
A palavra morte é pequena e fácil de dizer. Mas a morte do meu bebê é única e terrível. Vai levar um bom tempo até que eu descubra como conviver com isto.